Módulos do Curso
FILOSOFAR AJUDA A VIVER curso liberado
- O EQUILÍBRIO
- INDEPENDÊNCIA INTERIOR
-
CONHECENDO A REALIDADE
- OBSERVAÇÃO E MAIS OBSERVAÇÃO
- PENSAR É ASSOCIAR
- PENSANDO O QUE PENSAR
- PENSAR COM A RAZÃO
- PENSAR COM ROTEIRO
- RACIONALISTAS E EMPIRISTAS
- ANTI-PODER
- NULLIS IN VERBA
- MALARIOTERAPIA
- FORNOTERAPIA
- A MENINA DA FOTOGRAFIA
- SANTO MAO
- REVOLUÇÃO CULTURAL
- PSEUDOCIÊNCIA
- FREUD HOJE SERIA FREUDIANO?
- OBEDIÊNCIA
- A ÉTICA DO CRENTE
- A UTILIDADE DA FANTASIA
- O SABER HUMILHA
- LIÇÕES
- SELECIONANDO O QUE É ÚTIL
- POR UM SENTIDO NA VIDA
- SOBRE O SENTIDO DA VIDA
-
ALIVIANDO O MEDO DA MORTE
- MÉDICO DOS MORTOS
- PROGRAMADOS PARA O RISCO
- CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES TERMINAIS
- ETAPAS QUE PRECEDEM O FIM
- A IMAGINAÇÃO E A RELIGIÃO NO ALÍVIO DO MEDO
- O MUNDO INTERIOR
- A VONTADE DOS DEUSES
- A CAUSA DAS DOENÇAS NÃO ESTÁ NOS DEUSES
- RELIGIÃO COMO BUSCA DO SUCESSO
- SE É ÚTIL CRER
- QUANDO É ÚTIL NÃO LEMBRAR
- A MORTE PARA SARTRE
- A MORTE PARA EPICURO
- A MORTE TEM A CARA QUE A GENTE DER A ELA
- A PERDA IMAGINADA
A ÚNICA PERGUNTA IMPORTANTE
A ÚNICA PERGUNTA IMPORTANTE
Aos dezenove anos, viajando com colegas, quase sem dinheiro, em meio a outros jovens latino-americanos, escutava conversas aqui e ali. Na fronteira da Argentina com o Chilhe ouviu questionamentos que ficaram.
(a) Não convém crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
Aprendi as receitas que deram início à filosofia, rompendo com a tradição religiosa que em tudo via a vontade dos deuses e que transmitia uma teoria pronta, acabada e inviolável.
(a) Procurar entender o mundo sem recorrer à religião.
O curioso é que a proeza ocorreu tanto no ocidente como oriente e no mesmo século VI a.C.
NÃO FAÇAS AOS OUTROS...
NÃO FAÇAS AOS OUTROS...
Confúcio (551-479 a C) da província chinesa Lu, desenvolveu uma doutrina prática que visava ensinar as pessoas a viver bem. Não era místico, não falava em ser supremo ou em vida após a morte.
É dele a sugestão: “Não faças aos outros o que não queres que façam a ti”. Seria este ensinamento de Confúcio tema de debate dos mochileiros na guarita do exército argentino? O que eu fiz a eles gostaria que fizessem a mim? Esconder a existência da cabana...?
UM ÚNICO ELEMENTO
UM ÚNICO ELEMENTO
O DESAPEGO
O DESAPEGO
Buda (563-483) nasceu no principado indiano de Kapilavastu, na região da Cordilheira do Himalaia, no sul do atual Nepal. O nome de sua cidade significa a “morada de Kapila”. Kapila representava uma forma de pensar nem sempre concordante com a religiosa, que dizia, inclusive: “Uma das mais perniciosas servidões humanas é a daqueles que tem de viver dando presentes aos sacerdotes”.
Buda, Sidarta Gautama, abandonou a riqueza da casa paterna e saiu a caminhar junto ao povo. Não acredita em um deus criador nem na imortalidade. Acreditava que a alma reencarnava algumas vezes até se extinguir no estado chamado de Nirvana, quando estivesse purificada de todos os desejos egoístas dos seres humanos.
UMA OLHADA CRÍTICA
UMA OLHADA CRÍTICA
Tales, Confúcio, Buda, todos no mesmo século a discutirem o viver bem sem “ter de dar presente aos sacerdotes” seria mera coincidência histórica? A humanidade, nesta época, já se tornara forte o suficiente para refletir sobre sua condição com especulações terrenas, órfã dos deuses?
Se os filósofos, ao longo da história, previram tantas coisas, acertaram tanto, a começar com Tales e a eclipse solar de 585 a C., certamente não será perda de tempo dar uma olhada nas receitas que sugeriram para o viver bem particularmente no que se refere as questões que a ciência, pelo menos por enquanto, não chegou lá.
Uma olhada crítica, pois esses professores esperam que nós, seus alunos, criemos nossas próprias receitas.
O PONTO INTERMEDIÁRIO
O PONTO INTERMEDIÁRIO
Estou no Centro de Convenções Pompéia em São Paulo. Bebo um cafezinho.
O FATO E A PALAVRA
A PALAVRA E O FATO
Aristóteles foi discípulo de Platão, filósofo que afirmou: "A palavra precisa concordar com o fato".
- O meu marido só presta para trazer dinheiro para dentro de casa – queixa-se irritada a jovem esposa.
Conhecerei uma história de vida, mais uma, graças a receita de Platão, o mestre de Aristóteles. Gosto de repeti-la: “A palavra precisa concordar com o fato”.
SOMOS OU ESTAMOS?
ESTAMOS VERSUS SOMOS
Estamos sempre nos tornando. Nunca somos no sentido de prontos e acabados. Platão afirmou: “Tudo está se tornando nada é”.
O homem é o único animal que ri e chora, pois é o único a sentir a diferença entre o que ele está sendo e o que ele deveria estar sendo. Quanto a equilíbrio, portanto, há que tê-lo também naquilo que podemos esperar de nós mesmos.
LIÇÕES
LIÇÕES
1. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
2. Não concordar cegamente com seu “professor”.
3. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
4. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
5. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
6. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
7. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
8. A palavra precisa concordar com o fato.
9. Tudo está se tornando nada é.
SÓ COM MUITA FILOSOFIA
SÓ COM MUITA FILOSOFIA
DEUS NÃO TE VÊ
DEUS NÃO TE VÊ
SE VOCÊ NÃO DEIXAR
SE VOCÊ NÃO DEIXAR
LÂMPADAS APAGADAS NÃO ATRAEM MARIPOSAS
LÂMPADAS APAGADAS NÃO ATRAEM MARIPOSAS
A MORTE NADA É PARA NÓS
A MORTE NÃO É NADA PARA NÓS
Para o filósofo, era possível aliviar até mesmo o medo da morte. Concordando com Demócrito, Epicuro pensava que tudo o que havia no universo eram átomos e espaço. Como os átomos não poderiam existir do nada ou simplesmente desaparecer, eles seriam indestrutíveis.
Tampouco a ninguém podem atingir os terrores com que tantas religiões ameaçam as pessoas após a morte. “A morte nada é para nós” - diz Epicuro - pois o que é dissolvido não tem sensação”. Veremos mais no módulo que trata do medo da morte.
SENHORES DE NOSSO DESTINO
SENHORES DE NOSSO PRÓPRIO DESTINO
E TEVE INÍCIO A PSICOTERAPIA
E TEVE INÍCIO A PSICOTERAPIA
As idéias de Epicuro foram divulgadas em uma poesia de Lucrécio (99-55 a C) intitulada “Da natureza das coisas”.
LIÇÕES
LIÇÕES
1. Deus está muito longe e nem sempre tem vontade de se envolver na confusão perpétua e no rebuliço comum aos humanos.
2. Um tirano ficará sempre do lado de fora, só entrará em nossas mentes e ocupará nossos pensamentos e sentimentos se nós deixarmos.
3. Precisamos exorcizar desejos impostos, não naturais e nem necessários que habitam nossas mentes.
4. Se queremos viver bem, vivamos incógnitos.
5. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
6. Não concordar cegamente com seu “professor”.
7. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
8. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
9. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
10. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
11. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
12. A palavra precisa concordar com o fato.
13. Tudo está se tornando nada é.
OBSERVAÇÃO E MAIS OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO E MAIS OBSERVAÇÃO
PENSAR É ASSOCIAR
PENSAR É ASSOCIAR
PENSANDO O QUE PENSAR
PENSANDO O PENSAR
Os filósofos se perguntaram: “Se com nosso pensar espontâneo já conseguimos conhecer bastante a realidade que nos cerca, organizando, disciplinando nossa forma de pensar não obteremos muito mais conhecimento?” Ou seja, deveríamos desenvolver um método (meta = através de; odos = caminho; portanto, método = caminho através do qual se chega a um objetivo). E os seres humanos passaram a pensar a forma de pensar.
PENSAR COM A RAZÃO
PENSAR COM A RAZÃO
PENSAR COM ROTEIRO
PENSAR COM ROTEIRO
A partir de Descartes, o pensar racional, científico procura organizar-se. Roteiros são propostos:
Definição: consiste em colocar em palavras a essência de uma coisa (ser, objeto, idéia). É um recurso de expressão que utilizamos para transmitir o que é que queremos dar a entender quando empregamos uma palavra ou nos referimos a um objeto ou ser. A todo instante estamos nos colocando frente a definições: “O que é isso?” “O que é aquilo?” “O que você quis realmente me dizer?” Ou seja, estamos constantemente definindo. Lembremos Platão: “A palavra precisa concordar com o fato”.
Classificação: consiste em distribuir os seres, as coisas, os objetos, os fatos ou fenômenos em acordo com suas semelhanças e diferenças.
Análise: é a decomposição de um todo em suas partes. Como quase tudo é muito complexo, para se entender algo é necessário discriminar, dividir, isolar as dificuldades para resolvê-las. A análise procura a diferença.
Síntese: é a reconstituição do todo decomposto pela análise. Busca uma visão do conjunto e apoia-se nas semelhanças entre os seres, fatos, fenômenos e idéias. Análise e síntese são processos inversos e complementares e estão na base de todos os métodos científicos.
Indução: processo que vai do particular para o geral, do conhecido para o desconhecido, dos fatos para as leis, do efeito para as causas. De várias verdades particulares chega-se a uma verdade geral ou lei científica. De uma amostragem válida estende-se o resultado a toda uma população. Por exemplo: uma empresa vai lucrar mais patrocinando o time de futebol do Corínthinas ou o do Internacional? A empresa prefere vender mais para os paulistas ou para os gaúchos? Qual o clube tem maior torcida? Qual das torcidas tem maior poder aquisitivo? Qual das torcidas se interessaria mais pelos produtos da empresa? Qual clube aparece mais na mídia? Enfim, o processo vai da observação de fatos particulares até chegar a verdade geral.
Dedução: o processo mais comum que vai da generalização para a especificação. Por exemplo: “Todo o brasileiro entende de futebol. Jorge Alberto é brasileiro. Jorge Alberto entende de futebol”. Estamos tão habituados à dedução que muitas vezes pulamos a argumentação e vamos direto a conclusão. Cito como exemplo a pessoa que vai ser entrevistada tendo em vista obter um emprego. Minutos antes, sente-se um pouco tonta. Imediatamente vai a lancheria próxima e toma um refrigerante. É possível que nem tenha tido consciência do processo que fez. Se perguntado, talvez responda que sentiu vontade de tomar um refrigerante. Seu raciocínio, em verdade, foi complexo e essencialmente dedutivo: “Sinto-me um pouco tonto. Uma vez experimentei sensação parecida e conclui estar com hipoglicemia. Devo estar com hipoglicemia de novo. Quem está com hipoglicemia deve ingerir açúcar. Tenho poucos minutos para entrevista. Um refrigerante é algo com açúcar que posso encontrar e beber rapidamente”.
RACIONALISTAS E EMPIRISTAS
RACIONALISTAS E EMPIRISTAS
ANTI-PODER
ANTI-PODER
A experiêcia de Lazare Spallanzani (1729-1799), por exemplo, pode ser repetida e testada por nós agora mesmo. Professor de História Natural na Universidade de Pávia, descobriu através de uma pesquisa muito, mas muito simples mesmo os princípios essenciais da reprodução e sepultou a teoria da "geração espontânea" até então concepção dominante.
NULLIS IN VERBA
NULLIS IN VERBA
Com o seguimento da evolução, o ser humano consegue ampliar a capacidade de captar e compreender. O fenômeno, com os novos recursos disponíveis, será captado e compreendido de outra forma. Neste outro nível de evolução, a verdade já é outra verdade. A verdade verdadeira, se é que ela existe, provavelmente nós seres humanos nunca a alcançaremos. Um exemplo bem simples: há bem pouco construíram binóculos que permitem enxergar na escuridão.
Conclusão: a verdade não é mais aquela que dizia não haver grandes movimentos entre os animais na floresta à noite. Ao contrário, há muita “vida noturna” nas florestas.
MALARIOTERAPIA
MALARIOTERAPIA
FORNOTERAPIA
FORNOTERAPIA
A MENINA DA FOTOGRAFIA
A MENINA DA FOTOGRAFIA
Voltemos a David Hume para mais um alerta: “A razão é escrava da paixão”. O ser humano se submete a quem detém o tripé: verdade verdadeira, teoria totalizante e estratagemas para se fazer apaixonar.
SANTO MAO
SANTO MAO
REVOLUÇÃO CULTURAL
REVOLUÇÃO CULTURAL
Mas Hua, adolescente de dezesseis anos, com toda a dedicação e honestidade que um ser humano pode ter, entrega-se de corpo e alma ao novo movimento proposto por Mao rumo a um “novo patamar” comunista.
Mao não era claro, apenas liberava insinuações contra este ou aquele na imprensa oficial. No jornal do Partido, apareciam artigos tipo “A corja negra antipartido”. Textos vagos e imprecisos.
PSEUDOCIÊNCIA
PSEUDOCIÊNCIA
FREUD HOJE SERIA FREUDIANO?
FREUD HOJE SERIA FREUDIANO?
OBEDIÊNCIA
OBEDIÊNCIA
A ÉTICA DO CRENTE
A ÉTICA DO CRENTE
A UTILIDADE DA FANTASIA
A UTILIDADE DA FANTASIA
O SABER HUMILHA
O SABER HUMILHA
LIÇÕES
LIÇÕES
1. Observação, observação e mais observação.
2. Os sentidos podem nos induzir ao erro.
3. A verdade é verdade apenas num determinado estágio de compreensão.
4. Cuidado! O ser humano tende a se submeter a quem detém o tripé: verdade verdadeira, teoria totalizante e estratagemas para se fazer apaixonar.
5. Há situações tão difíceis e sofridas que (“graças a deus”!) podemos fantasiar.
6. Deus está muito longe e nem sempre tem vontade de se envolver na confusão perpétua e no rebuliço comum aos humanos.
7. Um tirano ficará sempre do lado de fora, só entrará em nossas mentes e ocupará nossos pensamentos e sentimentos se nós deixarmos.
8. Precisamos exorcizar desejos impostos, não naturais e nem necessários que habitam nossas mentes.
9. Se queremos viver bem, vivamos incógnitos.
10. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
11. Não concordar cegamente com seu “professor”.
12. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
13. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
14. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
15. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
16. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
17. A palavra precisa concordar com o fato.
18. Tudo está se tornando nada é.
UTILITARISMO
UTILITARISMO
Há coisas demais para nossa curta vida. Como selecionar o que é realmente útil?
Certa vez em Nova Iorque, minha esposa e eu conhecemos um casal muito simpático. Ele explicou-me que estava acima de seu peso porque em sua casa todo o prato com sobra de comida era colocado em suas mãos. E ele não sabia selecionar, comia tudo. Problema maior era sua esposa. Uma mulher inteligente e alegre, mas incapaz de se decidir frente a uma compra. Há uma semana visitava diariamente a mesma loja e examinava os mesmos dois vestidos.Nosso novo amigo tentou ir a Washington conosco, mas a esposa não permitiu. Queria-o na frente da loja. Vez ou outra ela o procurava para ouvir uma opinião. Opinião sempre inútil porque ela continuava sem saber selecionar.
Deixando de lado as dúvidas exageradas, nem sempre é fácil optar. Mesmo no que se refere aos conteúdos. Entre tantas boas idéias e boas ações, qual a melhor?
No final do século XVIII um filósofo escocês-irlandês, Francis Hutcheson afirmou: “A melhor ação é a que proporciona a maior felicidade ao maior número de pessoas”. Concordando com a afirmação, Jeremy Bentham (1748-1832), filósofo inglês, passou a sustentar que o acerto ou o erro de uma ação devia ser julgado em termos de suas conseqüências. Boas conseqüências eram as que davam prazer, enquanto más conseqüências eram as que causavam dor. Portanto, a ação correta a ser seguida era aquela que maximizasse o prazer ou então minimizasse a dor.
Pretendia Bentham julgar toda a ação por sua utilidade. Daí a denominação de utilitarismo para esta corrente filosófica que manteve sempre grande influência nas instituições de governo e administração na Grã-Bretanha: “O maior bem para o maior número de pessoas”.
Diferente dos Estados Unidos, por exemplo, onde a ênfase recai na defesa dos direitos individuais, com restrições a sacrificar o indivíduo ao bem-estar da maioria e com resistência maior as intervenções do governo sobre os cidadãos.
John Stuart Mill (1806-1873) foi o mais brilhante seguidor de Benthan. Para ele, o indivíduo deve estar livre para fazer o que quiser, desde que não cause prejuízo a ninguém mais: “Sua liberdade de balançar o braço termina onde meu nariz começa”.
PRAGMATISMO
PRAGMATISMO
TUDO TEM A SUA HORA
TUDO TEM A SUA HORA
PERGUNTA PRAGMÁTICA
PERGUNTA PRAGMÁTICA
HUMOR PRAGMÁTICO
HUMOR PRAGMÁTICO
Roosevelt: “Um homem que não estudou pode roubar a carga de um vagão. Mas, se tiver instrução universitária, roubará a estrada de ferro inteira”.“Seja você mesmo”, é o pior conselho que se pode dar a certas pessoas.“Um homem não é tão ferido pelo que acontece, como pela sua opinião sobre o que acontece”.
Montaigne. Oração dos índios Sioux: “Pai, ajudai-me a nunca julgar o próximo antes de ter andado sete léguas na suas sandálias”.
E para finalizar: “Se tiveres um encontro marcado, à noite, com uma mulher, preferes ver-me saindo da sua casa ao entrares ou ver-me entrando ao saíres?”
LIÇÕES
LIÇÕES
1. A melhor ação é a que proporciona a maior felicidade ao maior número de pessoas.
2. Sua liberdade de balançar o braço termina onde meu nariz começa.
3. Uma idéia é verdadeira enquanto a crença nela é proveitosa para nossas vidas.
4. Não podemos rejeitar uma hipótese se fluem dela conseqüências úteis à vida.
5. Tudo tem a sua hora, nem antes, nem depois.
6. Um homem não é tão ferido pelo que acontece, como pela sua opinião sobre o que acontece.
7. Oração dos índios Sioux: “Pai, ajudai-me a nunca julgar o próximo antes de ter andado sete léguas na suas sandálias”.
8. Observação, observação e mais observação.
9. Os sentidos podem nos induzir ao erro.
10. A erdade é verdade apenas num determinado estágio de compreensão.
11. Cuidado! O ser humano tende a se submeter a quem detém o tripé: verdade verdadeira, teoria totalizante e estratagemas para se fazer apaixonar.
12. Há situações tão difíceis e sofridas que (“graças a deus”!) podemos fantasiar.
13. Deus está muito longe e nem sempre tem vontade de se envolver na confusão perpétua e no rebuliço comum aos humanos.
14. Um tirano ficará sempre do lado de fora, só entrará em nossas mentes e ocupará nossos pensamentos e sentimentos se nós deixarmos.
15. Precisamos exorcizar desejos impostos, não naturais e nem necessários que habitam nossas mentes.
16. Se queremos viver bem, vivamos incógnitos.
17. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
18. Não concordar cegamente com seu “professor”.
19. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
20. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
21. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
22. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
23. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
24. A palavra precisa concordar com o fato.
25. Tudo está se tornando nada é.
FALSOS SENTIDOS
FALSOS SENTIDOS
DETERMINISMOS
DETERMINISMOS
A teoria psicanalitíca de Freud se dedicou a dissecar as vivências infantis, sua influência na formação do ser humano e no sentido que ele dará a sua vida.
Para os psicólogos evolucionistas, os homens ao se mostrarem poderosos atraem as mulheres, sempre preocupadas em ter um companheiro em condições de auxiliá-la na sobrevivência de sua pequena prole. Primitivos habitantes da costa canadense do Pacífico competem entre si pelo tamanho dos banquetes que oferecem. O anfitrião literalmente despeja sobre os convidados cestos de frutas e pilhas de cobertores. O convidado-concorrente vai embora humilhado e em seu banquete dá as mesmas coisas e, além disso, faz uma grande fogueira e queima uma outra porção de coisas.
LIVRE ARBÍTRIO
LIVRE ARBÍTRIO
CONDENADOS À LIBERDADE
CONDENADOS À LIBERDADE
ENCONTRE UM SENTIDO E SE COMPROMETA
ENCONTRE UM SENTIDO NA VIDA E SE COMPROMETA
A RENÚNCIA AO RESULTADO
A RENÚNCIA AO RESULTADO
IOGUE CARMA
IOGUE CARMA
SATIAGRA
SATIAGRAA
UCRONIA
UCRONIA
O QUE FAZER DO QUE NOS FAZEM
IMPORTA É O QUE FAZEMOS DO QUE NOS FAZEM
LIÇÕES
LIÇÕES
3. Estamos condenados a ser livres! Ninguém poderá traçar por nós o sentido que daremos a nossa vida. As decisões que vamos tomando no cotidiano, as escolhas que vamos fazendo, só nós podemos fazê-las.
4. Quando entregamos nossa liberdade de decidir e optar a algum “conselheiro”, em verdade, estamos optando por falsa saída.
5. Aquele que está levando em consideração o resultado, torna-se impaciente, se zanga, faz coisas indignas, se frusta. A renúncia ao resultado, cria a paz interior, a serenidade necessária para se lutar sempre.
6. Renuncie a uma coisa somente quando desejar tanto alguma outra coisa, que a coisa renunciada nenhuma atração mais exerça.
7. O importante não é o que fazem (a vida) de (para) nós, mas o que nós próprios fazemos daquilo que fazem de nós.
8. A melhor ação é a que proporciona a maior felicidade ao maior número de pessoas.
9. Sua liberdade de balançar o braço termina onde meu nariz começa.
10. Uma idéia é verdadeira enquanto a crença nela é proveitosa para nossas vidas.
11. Não podemos rejeitar uma hipótese se fluem dela conseqüências úteis à vida.
12. Tudo tem a sua hora, nem antes, nem depois.
13. Um homem não é tão ferido pelo que acontece, como pela sua opinião sobre o que acontece.
14. Oração dos índios Sioux: “Pai, ajudai-me a nunca julgar o próximo antes de ter andado sete léguas na suas sandálias”.
15. Observação, observação e mais observação.
16. Os sentidos podem nos induzir ao erro.
17. A erdade é verdade apenas num determinado estágio de compreensão.
18. Cuidado! O ser humano tende a se submeter a quem detém o tripé: verdade verdadeira, teoria totalizante e estratagemas para se fazer apaixonar.
19. Há situações tão difíceis e sofridas que (“graças a deus”!) podemos fantasiar.
20. Deus está muito longe e nem sempre tem vontade de se envolver na confusão perpétua e no rebuliço comum aos humanos.
21. Um tirano ficará sempre do lado de fora, só entrará em nossas mentes e ocupará nossos pensamentos e sentimentos se nós deixarmos.
22. Precisamos exorcizar desejos impostos, não naturais e nem necessários que habitam nossas mentes.
23. Se queremos viver bem, vivamos incógnitos.
24. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
25. Não concordar cegamente com seu “professor”.
26. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
27. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
28. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
29. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
30. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
31. A palavra precisa concordar com o fato.
32. Tudo está se tornando nada é.
52
52
SABER O QUE PERGUNTAR
SABER FORMULAR A PERGUNTA
CONSTRUINDO UM BELO DESENHO
CONSTRUINDO UM BELO DESENHO
Em Servidão Humana de Somerset Maughan encontramos a seguinte sugestão: “A vida não tem significado algum, e o homem não serve a fim algum. É indiferente ele ter nascido ou não ter nascido, estar vivo ou morto. A vida é sem significado, e a morte, sem conseqüência. O fracasso não tem importância, e o êxito não leva a nada. Todavia, como no tapete persa o artesão elabora seu desenho sem fim algum senão o prazer de seu senso estético, assim pode um homem viver sua vida. Dos variados acontecimentos de sua existência, de seus feitos, sentimentos, pensamentos, ele pode fazer um desenho, regular, caprichado, complicado e belo”.
AJUDAI-VOS UNS AOS OUTROS
AJUDAI-VOS UNS AOS OUTROS
LIÇÕES
LIÇÕES
1. Não zombamos da águia por sua deselegância no chão.
2. O supremo paradoxo de todo pensamento é tentar descobrir algo que o pensamento não pode pensar.
3. É admirável que uma espécie animal que habita a Terra já tenha evoluído a ponto de conseguir levantar questões que ela mesma não tem a menor condição de responder.
4. Quando nos demos conta estávamos vivos, como que acordados de um sono sem sonhos. Quando menos esperamos, deixaremos de existir. Não comandamos nem a entrada e nem a saída deste fenômeno. Nem sabemos qual o sentido dele.
5. A vida é sem significado, e a morte, sem conseqüência. O fracasso não tem importância, e o êxito não leva a nada. Todavia, como no tapete persa o artesão elabora seu desenho sem fim algum senão o prazer de seu senso estético, assim pode um homem viver sua vida. Dos variados acontecimentos de sua existência, de seus feitos, sentimentos, pensamentos, ele pode fazer um desenho, regular, caprichado, complicado e belo.
6. Formamos uma imensa caravana que marcha confusamente para o nada. Cerca-nos uma natureza indiferente, impassível, mortal como nós, que não nos entende, nem sequer nos vê, e de que não podemos esperar socorro nem consolação. Só nos resta, este secular preceito: ‘Ajudai-vos uns aos outros’.
7. Há que se distinguir sentido na vida com o sentido da vida. O primeiro, refere-se ao destino que dou a minha existência, o segundo, a reflexão que faço se o fenômeno vida tem algum sentido.
8. Não somos livres de determinantes biológicos, da família, da sociedade, da cultura que encontramos ao nascer. Mas somos livres para lidar com tudo isto, para construir nosso projeto, para encontrar um sentido na nossa vida.
9. Estamos condenados a ser livres! Ninguém poderá traçar por nós o sentido que daremos a nossa vida. As decisões que vamos tomando no cotidiano, as escolhas que vamos fazendo, só nós podemos fazê-las.
10. Quando entregamos nossa liberdade de decidir e optar a algum “conselheiro”, em verdade, estamos optando por falsa saída.
11. Aquele que está levando em consideração o resultado, torna-se impaciente, se zanga, faz coisas indignas, se frusta. A renúncia ao resultado, cria a paz interior, a serenidade necessária para se lutar sempre.
12. Renuncie a uma coisa somente quando desejar tanto alguma outra coisa, que a coisa renunciada nenhuma atração mais exerça.
13. O importante não é o que fazem (a vida) de (para) nós, mas o que nós próprios fazemos daquilo que fazem de nós.
14. A melhor ação é a que proporciona a maior felicidade ao maior número de pessoas.
15. Sua liberdade de balançar o braço termina onde meu nariz começa.
16. Uma idéia é verdadeira enquanto a crença nela é proveitosa para nossas vidas.
17. Não podemos rejeitar uma hipótese se fluem dela conseqüências úteis à vida.
18. Tudo tem a sua hora, nem antes nem depois.
19. Um homem não é tão ferido pelo que acontece, como pela sua opinião sobre o que acontece.
20. Oração dos índios Sioux: “Pai, ajudai-me a nunca julgar o próximo antes de ter andado sete léguas na suas sandálias”.
21. Observação, observação e mais observação.
22. Os sentidos podem nos induzir ao erro.
23. A verdade é verdade apenas num determinado estágio de compreensão.
24. Cuidado! O ser humano tende a se submeter a quem detém o tripé: verdade verdadeira, teoria totalizante e estratagemas para se fazer apaixonar.
25. Há situações tão difíceis e sofridas que (“graças a deus”!) podemos fantasiar.
26. Deus está muito longe e nem sempre tem vontade de se envolver na confusão perpétua e no rebuliço comum aos humanos.
27. Um tirano ficará sempre do lado de fora, só entrará em nossas mentes e ocupará nossos pensamentos e sentimentos se nós deixarmos.
28. Precisamos exorcizar desejos impostos, não naturais e nem necessários que habitam nossas mentes.
29. Se queremos viver bem, vivamos incógnitos.
30. Não crer que tudo que existe e acontece se deve à vontade dos deuses.
31. Não concordar cegamente com seu “professor”.
32. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.
33. Quando não sabemos algo, o reconhecimento de que não o sabemos é saber.
34. Se expulsarmos os desejos, viveremos livres de apegos e alcançaremos paz interior.
35. Não estamos sós no sofrimento: na vida é inevitável a experiência do sofrer, é condição humana.
36. Uma qualidade é o ponto intermediário entre dois extremos, cada um dos quais é um defeito.
37. A palavra precisa concordar com o fato.
38. Tudo está se tornando nada é.
MÉDICO DOS MORTOS
MÉDICO DOS MORTOS
PROGRAMADOS PARA O RISCO
PROGRAMADOS PARA O RISCO
Há pouco tempo assisti Gerald Wilde da Queen’s University demonstrar que correr risco de vida é mais um aprendizado genéticamente facilitado. Sim, nos expomos ao perigo a toda a hora e a todo o momento. A criança pequena quer fazer atividades além de sua capacidade. Temos de ensiná-la a se precaver do perigo. E o adolescente? É mais fácil convencê-lo a subir ou a não subir numa moto...?
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES TERMINAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES TERMINAIS
ETAPAS QUE PRECEDEM O FIM
ETAPAS QUE PRECEDEM O FIM
A IMAGINAÇÃO E A RELIGIÃO NO ALÍVIO DO MEDO
A IMAGINAÇÃO E A RELIGIÃO NO ALÍVIO DO MEDO
A teoria religiosa foi o primeiro discurso articulado visando aliviar o nosso medo da morte. Favoreceu a evolução, a medida em que deixava o homem primitivo mais tranqüilo frente ao fim.
O MUNDO INTERIOR
O MUNDO INTERIOR
A VONTADE DOS DEUSES
A VONTADE DOS DEUSES
A CAUSA DAS DOENÇAS NÃO ESTÁ NOS DEUSES
A CAUSA DAS DOENÇAS NÃO ESTÁ NOS DEUSES
RELIGIÃO COMO BUSCA DO SUCESSO
RELIGIÃO COMO BUSCA DE SUCESSO
As práticas religiosas consistem em tentativas de se obter sucesso quando se esgotaram todas as técnicas usuais para a obtenção do sucesso. Rezar é “pedir que as leis do universo sejam anuladas em benefício de um único suplicante, confessadamente indigno”.
SE É ÚTIL CRER
SE É ÚTIL CRER...
QUANDO É ÚTIL NÃO LEMBRAR
NEGAÇÃO ÚTIL
A MORTE PARA SARTRE
A MORTE PARA SARTRE
Uma fantasia que nos dá coragem para se individualizar e sair por aí construindo projetos próprios. Para Sartre, esta é a defesa mais eficiente: nos permite crescer, separar-se, ser autônomo, livre. Dá a possibilidade para o indivíduo “ser pai de si mesmo”.
A MORTE PARA EPICURO
A MORTE PARA EPICURO
A MORTE TEM A CARA QUE A GENTE DER A ELA
A MORTE TEM A CARA QUE A GENTE DER A ELA
A PERDA IMAGINADA
A PERDA IMAGINADA